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CARNAVAL - Parte 1 - a festa do dia a dia

Sim. Decidi abordar este tema em duas partes. Parte 01, O CARNAVAL DOS CARNAVAIS, que abrangerá um breve release do verdadeiro baile de máscaras e vodcas que ingerimos diariamente, e o resultado? Inevitável.

E para começar a abordagem social deste título particionado irei puxar as saudosas e lendárias frases de um dos maiores compositores do Rock Nacional – Renato Russo – que munido de sua “mediunidade” pacificadora do caos diz: “Vamos celebrar a estupidez humana, a estupidez de todas as nações, o meu país e sua corja de assassinos, covardes, estupradores e ladrões”. Também poderia me apropriar de outro anexim popular: “pão e circo aos tolos” porém, acredito que a apropriação – indébita – de Russo melhor convém à problemática! Ops. Digo, à temática!

Este que, originalmente, deveria ser consagrado como uma festividade cristã, tornou-se em um evento da CARNE. Não me interprete mal, sem apologias sexistas ou devaneios caóticos, apenas pela CARNE. Sim, nós somos movidos pela carne. Os valores reais da moeda de troca social, o ter, o se fazer e o conter. Durante esta festividade que antecede a quaresma – e que não é originariamente brasileira (como 90% de nossa cultura), é tudo válido, tudo possível e alcançável, logo após, tudo perdoável, memorável e saudosista. Em outros termos, uma tremenda falta de postura social.

Sobre o embalo de bandinhas, trios ou outra forma qualquer de sonorização, corpos se enroscam, bocas se tocam e a moeda da carne perpetua seu papel. Uma tremenda, e não menos, degradação da moralidade, porém, nós já estamos completamente acostumados a viver neste ritmo e em situações mais degradantes ainda.

Em outras frases de Russo ele diz: “nas favelas, no senado, sujeira pra todo lado, ninguém respeita a constituição, mas todos acreditam no futuro da nação”. E é exatamente isso. Comparemos os valores a nós impostos de que uma sociedade deve acatar o militarismo imposto – calma, não estou equivocado, a ditadura militar, assim como nós, vestiu uma máscara, nos deram o poder de voz, porém colocamos goela abaixo toda a ditadura a nós imposta e se você quiser uma prova disso tudo, eu vos dou, aliás, lhes darei uma reflexão sofre isso: onde está o seu direito de divergência contextual? Pensou? Ela não existe. Estamos fardados a sentarmos nossas bundas fofas em uma cadeira de pau, nos gladiarmos em troca da diversão dos imperialistas, dos monarcas, dos maiorais, dos que fazem as leis e delas se apropriam. Somos apenas assistidos por quem tem o controle desse carnaval todo. E a nossa liberdade? Acaba quando o detentor do controle decide mudar a cena. Você aplaude. A sociedade se cala e todos vão fingindo viver decentemente.

Nas ruas as máscaras imperam. Vejo agora uma imposição do respeito: Respeito as diferenças. Respeito às classes. Respeito às orientações. Respeito e mais respeito. Porém, o respeito daqueles que não querem ingerir esta falta de respeito está sendo mantida? A imposição feita na mídia frente a existência, ou a coesão de homossexuais, está enfartando meus ouvidos, e não estou falando apenas da voz insuportável do “cantora” transgênero que impuseram como ícone LGBT, mas sim, da falta de respeito (isso que tanto é debatido) pelo núcleo familiar, pela moralidade dos olhos idosos, e também, pelo respeito à vergonha alheia. Se não isso, aos tímpanos ingênuos que não merecem o ranger de taquarais esguios. Cazuza, Fred Mercury, Renato Russo, entre tantos, não necessitaram dessa visibilidade da carne para almejar o sucesso. Munidos de talento e respeito conseguiram o sucesso. Simples assim!

A falta de discernimento entre a fantasia e a realidade está confundida, deturpada e nós pouco fizemos para mudar isto. Costumo dizer que o Brasil parou de evoluir quando se livrou da ditadura militar. Onde foram parar os grandes artistas, intérpretes da música brasileira? Vocês ouviram falar do surgimento do novo Gil? Novo Caetano? Cadê a nova Elis? Não existe, pois não é vendável frente a moeda da carne, tão pouco embala a apoteose do dia a dia. Ou então, estão – ainda – exilados em algum país no exterior.

É preciso uma extravagância volte e meia? Sim. Porém o que estamos vivenciando é um abre alas contínuo, vindo de 1960 aos dias atuais. É um imperialismo imundo nos dizendo como agir, como pensar e, até mesmo, o que respeitar, que esquecemos os verdadeiros valores, o verdadeiro significado de respeito, de compreensão, de atitude e diversão, mas enquanto nós nos embalamos nas marchinhas sociais os “mestre alas” estão sambando, rodando a baiana e fazendo jus ao brilho e a paradinha estratégica, aguardando o nosso aplaudir final.


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